Domingo, 1 de Dezembro de 2013
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JORNAL CORREIO DOS AÇORES

Director: Américo Natalino de Viveiros Director Adjunto: Santos Narciso

26 de Novembro de 2013

CARTA ABERTA AO SENHOR

PRIMEIRO-MINISTRO

Lino de Freitas Fraga

Senhor Primeiro-Ministro, estou profundamente zangado e desiludido, comigo próprio, de ter votado em si nas últimas eleições para a Assembleia da Republica.

Como diz um dos meus amores: “O Avô, já tem idade para ter juízo. Para que votou nele?”. Grande verdade mas, entre muitos outros, tenho o grande defeito, genético, de acreditar nas pessoas.

Devo confessar, também, que o meu voto nas últimas legislativas foi mais um voto anti-Sócrates, do que realmente um voto para o Paços Coelho e na carta aberta ao senhor Presidente da Republica está bem claro a minha aversão ao desgoverno de Sócrates.

Não me perdoo, jamais, de ter votado em si mas, o senhor enganou-me, aliás, enganou centenas de milhares de eleitores portugueses que, hoje, puxam os cabelos do erro que cometeram.

Sim, o senhor enganou-me e, digo-lhe com toda a frontalidade, que quem me engana uma vez, não me volta a enganar.

Tudo o que prometeu que iria fazer diferente e melhor que Sócrates, depois de chegar ao poleiro fez precisamente o contrário.

Vou dar-lhe apenas dois exemplos para não me tornar fastidioso para os leitores:

O senhor afirmou na campanha eleitoral e nas televisões, que não tocaria nos subsídios de férias e Natal, nem baixaria as pensões e reformas.

                       

Depois, bem, depois, deixou cair a máscara e só não fez ainda pior, porque o Tribunal Constitucional não deixou.

O senhor faltou, garantidamente, à verdade o mesmo é dizer que, mentiu aos eleitores portugueses e não me venha dizer que não sabia que ia encontrar as finanças públicas como encontrou, porque isso é mais uma inverdade=mentira. Inverdades+Mentiras=Mentir!

Centenas de milhares de portugueses, para terem uma reforma, descontaram, 36, 40, 45 ou mais anos, muitos milhares descontaram os anos que estiveram ao serviço da Pátria, no Ultramar, sobre o que ganhavam quando pediram a contagem do tempo e não sobre os míseros escudos que recebiam na guerra, com a promessa do Estado Português, de terem uma reforma para as suas velhices, de acordo com o que ganhavam, obviamente.

Mas, agora, o que é que vêm estas centenas de milhar de portugueses?

O Estado Português que, devia ser pessoa de bem e não é, falha com as suas promessas e está-nos retirando, aliás, roubando, aquilo a que tínhamos e, temos, direito!

O senhor não faz a menor ideia do que é a vida fora da redoma em que vive, à minha custa, muitos anos na Assembleia de República e agora como PM;

Não sabe o que é ser pobre e viver com reformas de miséria;

Não sabe o que é ver os filhos com fome e não ter dinheiro para comprar alimentos para os saciar;

Não sabe o que é ter a certeza de não ter um futuro, para si e para os seus filhos;

Não sabe o que é ser velho e doente e, a reforma não chegar para comer e medicamentos e ter que optar entre morrer à fome, ou morrer sem a medicação;

Enfim, o senhor não sabe nada da vida real;

O senhor, não sabe nada de nada, além de estar impreparado para o cargo e de não passar de ser um produto de plástico fabricado por agências de imagem;

Ao longo de três orçamentos que impõe duríssimos, sacrifícios aos contribuintes e não acerta uma, estamos cada vez pior.

 

Estou zangado comigo próprio e não me perdoo, sim senhor, porque sinto-me envergonhado de, com o meu voto, ter ajudado o senhor e os seus LACAIOS a chegarem ao poder, traindo assim, involuntariamente, a memória de Francisco Sá Carneiro e dos fundadores do partido, já falecidos que, decerto estarão às reviravoltas nos seus túmulos, por verem o senhor e o seu desgoverno a destruir o País, a fazer do PSD um embuste e verem arruinar o seu partido do Minho ao Algarve e Trás-os-Montes ao Corvo, nas mãos de incompetentes.

O senhor está pago e bem pago, à minha custa, para trabalhar e resolver os problemas do País mas, já provou que, dado a sua incompetência, não é capaz de o fazer, por isso demita-se e já vai tarde.

Senhor Primeiro-Ministro, porque já fez mal demais a Portugal e aos portugueses, demita-se já.

Vá embora já, porque está sendo o coveiro do País e do PPD de Francisco Sá Carneiro.



publicado por LFF às 15:04
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CARTA ABERTA A SUA EXCELÊNCIA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

 

Por: Lino de Freitas Fraga 

Começo por informar a V. Exa., que, tenho grade orgulho de nunca ter votado em si, para nenhum dos cargos que o Senhor se candidatou, três vezes a Primeiro-Ministro e outras tantas a Presidente da República.

Lamento profundamente que, mesmo nunca tendo votado em si, sempre tenha vivido há minha custa estes anos todos.

Todas as cerimónias públicas e privadas que tem participado; Todas as inúmeras viagens que tem feito ao estrangeiro; Até a casa onde reside e todas as suas mordomias, são pagas há minha custa. O senhor tem vivido há minha custa e eu tenho pago tudo isto, e muito mais, para que V.Exª., como supremo magistrado da Nação, tenha o dever e a obrigação de defender, custe o que custar e a quem custar, os verdadeiros e reais interesses, dos mais de dez milhões de portugueses, em especial os mais desfavorecidos, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição da República Portuguesa, conforme jurou na sua tomada de posse.

O senhor tem o dever e a obrigação de coagir este desgoverno, a cumprir a Constituição e caso ele não cumpra, só lhe resta demiti-lo!

Já em 2008, escrevi um artigo nos jornais, Correio dos Açores e As Flores, com o título: “SOCORRO SENHOR PRESIDENTE ”, onde chamava a atenção de V. Exª. para o descalabro em que Portugal se encontrava e que caminhávamos a passos largos para o abismo e afirmava: “…onde vai o tempo em que o Primeiro-Ministro de Portugal, Professor Aníbal Cavaco Silva, afirmava que estávamos no Pelotão da frente da UE…. E agora? …somos o carro VASSOURA.”

Mais à frente: “Senhor Presidente da República, decerto V. Exª., não quer ver os portugueses cada vez mais pobres e a viver na miséria. Estes políticos e este desgoverno… estão colocando o País à beira do colapso total.

Por isso, senhor Presidente, SOCORRO, ACUDA-NOS enquanto é tempo, V. Exª. não pode, nem deve, assobiar para o lado como se, não fosse nada consigo e deixar andar, ponha fim a esta derrocada, demita este Governo, porque se não o fizer, os portugueses jamais lhe perdoarão e ficará indelevelmente ligado, para sempre, à hecatombe económica e social para a qual caminha, a passos largos, o nosso País.”.

Mas, o que é que o senhor fez?

NADA!

Deixou o desgoverno de Sócrates levar o País para o fundo do abismo.

Neste seu segundo mandato, e com outro desgoverno, estamos cada vez pior, com a corda no pescoço que, cada vez aperta mais, até ao extermínio final e mais uma vez, o que é que o senhor faz?

NADA!

Será que V. Exª. desconhece o desemprego, as dificuldades, a fome e a miséria que está instalada em Portugal?

Não, não desconhece, nem mesmo os cegos e surdos desconhecem.

Eu, e centenas de milhares de portugueses, para ter uma reforma da função pública, descontei quarenta anos, dos quais três que estive ao serviço da Pátria, no Ultramar, tendo descontado sobre o que ganhava agora e não sobre os míseros cerca de 900 escudos que recebia em Angola, com a promessa de ter uma reforma para a minha velhice.

Mas, o que é que vejo agora?

O Estado que, devia ser pessoa de bem, e não é, falha com a sua palavra e está-me roubando aquilo a que eu tinha e tenho direito.

Sim, sim roubando, não há volta a dar nem palavras mais dulcificadas, é isso que este desgoverno esta fazendo!

Quem rouba, é ladrão, quem não cumpre com a sua palavra, é impostor e ponto final!

Já agora agradecia que me esclarecesse:

V.Exª. tem duas grandes reformas, uma do Banco de Portugal, outra de professor universitário.

O senhor descontou 36 ou 40 anos, para cada uma dessas reformas?

Senhor Presidente, em questões de reformas, são todos iguais mas, uns muito mais iguais que outros.

Os portugueses em geral mas, os açorianos em particular, estão fartos de si e não nutrem nenhum sentimento de simpatia por si.

Eu sei que o senhor é mais velho que eu e na nossa provecta idade, até podemos ter alguns lapsos de memória, o que é absolutamente natural, por isso, e embora não gostando, NADA, de si, vou dar-lhe um conselho.

Eu sei, eu sei, eu sei que o senhor não precisa dos meus conselhos para nada, até porque nunca se engana e muito raramente tem dúvidas mas, como o conselho é GRÁTIS, vou-o dar na mesma e de boa vontade.

Vete o Orçamento do Estado e se V. Exª. não tem coragem de o  vetar, envie-o para o Tribunal Constitucional, porque a Constituição é muito clara, nenhuma Lei pode ter efeitos retroactivos, seja a que pretexto for.

Agora se o Tribunal Constitucional considerar que, o orçamento no seu todo, ou em parte, é inconstitucional, só lhe resta demitir este des-Governo e de imediato demita-se também.

Sai com dignidade e eu pessoalmente ficar-lhe-ei muito muito grato mas, sem nenhumas saudades suas.

Açores Novembro de 2013.

 

 

 

 



publicado por LFF às 15:01
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